sexta-feira, 26 de junho de 2009

The king is dead

"Billie Jean is not my lover
She's just a girl who claims that I am the one
But the kid is not my son
She says I am the one, but the kid is not my son"

Este refrão nunca mais será proferido na primeira pessoa...
O mundo está de luto.
Ontem morreu o Rei da Pop.
Michael Jackson morreu aos 50 anos de insufiência cardiaca.
O mundo inteiro parou. Todas as televisões de estatuto noticioso ligaram em directo com o hospital de Los Angels para que se tirassem as dúvidas.
O trágico comprovou-se e a Lenda morreu.
Manifestações estão a dar-se, neste momento, à escala mundial. Os fãs choram, mas também cantam em homenagem à mediática estrela.
Desde Madonna, até ao mais comum do cidadão, a perda sentiu-se.
Michael Jackson ficou na história e conclui, ontem, o seu último capítulo.
Forever the King


terça-feira, 23 de junho de 2009

O meu S. João

Hoje era sempre aquele dia…
Acordar e ver o sol entrar pela minha janela, rasgando as minhas cortinas de tule rosa.
O dia era de preparativos em casa, para um final de tarde em grande, em família.
O churrasco não podia faltar.
As sardinhas, as febras e as chouriças, o pão de milho e o caldo verde da Vó.
Tudo a condizer.
Um entardecer com cheiro a manjerico e ao som dos grilos por detrás da casa e do cantar do Melro da Srª. Maria.
Magnifico.
Batidas as 11 horas da noite, estava dado o sinal de partida para rumarmos a Avenida.
Munidos de alho-porro e os indispensáveis martelinhos, lá íamos nós.
Sendo pequenina, as tuas cavalitas eram o meu spot preferido.
Quanto mais nos aproximávamos da Ponte, mais o meu coração saltava.

Os “carrinhos” estavam próximos!!!
Aquele carrossel era a minha alegria. Para variar, tinha me sentar na Girafa (risos).
Os barquinhos, os carrinhos de choque e os póneis, compunham o roteiro perfeito.
Mas tenho de fazer uma revelação.

O ponto alto da minha noite era a viagem de retorno a casa. Ao subir a Avenida, as barraquinhas revelavam-se para mim perante os meus olhos brilhantes que mais se iluminavam quando me dizias: “Vá lá, escolhe. O que queres levar este ano?”.
O mais simples dos brinquedos era para mim como que a conquista de um prémio.
Como ficava feliz.
Sempre gostaste do S. João não é Pai?
Se hoje gosto tanto de refazer todo o ritual todos os anos, é graças ao entusiasmo que fizeste questão de me passar.
É por isso que, para mim a festa de S.João tem o nome de outro Santo...

quinta-feira, 21 de maio de 2009

Special Day

As voltas que a vida, em tão poucos anos, já passei por tanto.
Conheci tanta gente.
Ao olhar para trás, agora, é que começo a ter noção da quantidade enorme de experiências e de amigos que se foram aglomerando pelo caminho.
É mesmo estranho, quando paramos um pouco e olhamos para a nossa vida com “olhos de ver”.
Hoje é um dia muito importante para mim.
Há quatro anos atrás, dei um passo decisivo que ajudou no delinear da minha vida.
No dia 21 de Maio de 2004, sexta-feira, foi o meu primeiro dia de trabalho.
Excitante! O meu primeiro contacto com a realidade laboral.
Tornei-me trabalhadora-estudante! Ou melhor, estudante-trabalhadora, que no meu caso era o mais correcto.
Tenho a dizer que como primeiro dia foi péssimo.
Senti muita coisa. Era tudo novo, fiquei assustada, irritada, desmotivada, sei lá.
Mas foi só no inicio.
Aprendi muito nesta experiência.
Foram três anos intensos, de trabalho, de emoções, de riso…
Se hoje trabalho na minha área de formação, foi graças aos conhecimentos laborais e ao traquejo que ganhei nestes tempos.
Foi lá que conheci dois grandes amigos (ele e ela) que trago até hoje no meu coração.
A eles o meu muito obrigada.
Foram as primeiras pessoas que conheci, foram aqueles que estiveram comigo até ao fim, participam na minha vida até hoje.
Quando me lembro do que lá passei só me apetece…sorrir…sorrir e…sorrir.
A vida é curiosa.
Se é assim aos 25 anos, como será aos 50?
Vamos esperar que dê para ver :)


quarta-feira, 29 de abril de 2009

Parte de mim



Ela é diferente.
Tem uma personalidade que a distingue, que a faz sobressair onde quer que esteja.
Apesar de 17 anos de vivência em comum, é-me difícil atribuir-lhe uma designação, adjectivá-la apenas com uma palavra.
Apenas a acho diferente. Diferente no melhor sentido possível.
Desde que nasceu, marcou logo um lugar especial no meu coração.
Prendeu-me completamente.
Passei a ter, inevitavelmente, um dever. O dever de cuidar, proteger, tratar.
Em pequenina, traquina e teimosa, cedo se tornou na alegria da casa.
É a menina.
E será para sempre a menina de todos nós.
Sei que a sufoco coma as minhas preocupações e recomendações, mas é por ser tão importante para mim, por gostar tanto dela, por fazer parte de mim.
Tenho orgulho nela, sem dúvida.
Inteligente, amiga, educada, sincera e responsável. Incapaz de desiludir.
Faz cara de durona, responde torto (típico da sua fase de teenager), mas por detrás desta sua máscara, jovem e rebelde, não deixa de ser uma menina.
A nossa menina.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Mudar...o quanto custa...

Mais um teste que a vida me propõe.
Porque é que crescer é tão complicado? Mesmo quando é de forma positiva?
A mudança é algo que sempre me custou muito.
Ainda me lembro do início da escola. Da primeira classe. Foi o meu primeiro drama. Habituada a um dia-a-dia e, de repente, tudo muda.
Aquele friozinho na barriga sempre que tinha de ir…
Durante a minha vida, sempre que tenho “um primeiro dia” de qualquer coisa, custa-me imenso. Não deixo de pensar no que era antes e no que é agora.
Comparações, vantagens, desvantagens, ilusões, interrogações.
As decisões são o meu maior obstáculo.
A verdade é que tenho conseguido ultrapassar os que me vão surgindo.
Com o tempo tudo normaliza. O hábito toma conta de mim. Tudo se encaminha.
Mas é estranho. Sinto-me diferente. Acho que os outros não são como eu.
Neste momento, estou de novo em mudança.
Numa mudança boa. Mesmo assim, não consigo deixar de pensar no que deixei, nos momentos que nunca mais vão acontecer, nos gestos que não terei, naquelas horas, naqueles sítios, as conversas que não serão mais da mesma forma.
Talvez por isso, nem tenho pensado muito quando a fazer. Estava decidido e fiz. Sem marcar dia, nem hora, senão seria um suplício para mim.
Apesar de mais velha, continuo a mesma.
Aquele friozinho continua lá, no fundo da minha barriga, a latejar, pronto a funcionar.
É mais um passo.
A diferença é que na primeira classe apertava a mão do pai e da mãe com força e estava segura.
Hoje, caminho sozinha. As mãos não estão lá, mas é como se estivessem.
Sempre presentes.
É o meu consolo.
O meu porto de abrigo está sempre lá.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Heróis...

A minha vida começou da melhor forma.
Brotei de uma semente da melhor qualidade.
Nasci.
Fui uma dádiva? Um presente?
Não.
Tu é que foste. A melhor que eu já tive.
Sem ti jamais teria crescido e me tornado no que hoje sou.
Aprendi a valorizar o que está mais próximo de mim.
Aprendi a ver com olhos de ver que há coisas que nunca nos largam.
E tu estavas e estás sempre lá, aqui, onde for.
A ti agradeço todo o amor, toda a educação, todo o conhecimento e todas as brigas e zangas também.
Viver e crescer a teu lado foi a melhor escola de iniciação à vida que eu poderia ter.
Não imaginas como é boa a sensação de olhar para trás e visualizar todo o filme do meu passado e ver que sempre estiveste comigo.
Se agora sei o que é certo ou errado, o que é bom ou mau, foste tu que me ensinaste.
És e serás sempre o meu modelo.
Se é verdade que todos nós temos heróis, então eu já tenho o meu.
Ou melhor, a minha.
À minha Mãe.


quarta-feira, 1 de abril de 2009

As chaves do futuro

Dia especial.
Até parece mentira, mas apesar de hoje ser dia das mentiras, não o é.
A vida prega-nos partidas.

Na nossa infância pensamos as coisas, imaginamos coisas, idealizamos o nosso futuro...depois a vida dá voltas e reviravoltas, acontece tudo de forma diferente.
Olho para trás, para o passado e esboço sempre um sorriso.

O que eu era, o que eu queria ser, o que sou agora:).
O tempo passa tão rápido...
Hoje vou dar um passo muito importante. Um passo que nunca pensei em dar antes.
É uma opção que tomei. Pensada, ponderada e acertada (acho).
O tempo o dirá.
Vou receber a chave que abre a porta para um novo ciclo do meu futuro incerto.
É uma chave que só abre uma porta. A que eu escolhi.
Vou passar a porta. Do outro lado, novas experiências me aguardam.
Cresci. Sinto-me madura. Madura como uma ameixa arroxeada prestes a cair da arvore, em plena tarde quente de Julho.
Tranquila.
Preparada.
Aqui vou eu, abre a porta...


sexta-feira, 27 de março de 2009

Um caminho, duas direcções

É complicado dois companheiros de viagem pensarem um caminho, quando ambos querem seguir direcções opostas.
Mais complicado é, ou ate mesmo impossível, um deles querer que o outro siga a sua, quando sabe desde o inicio da caminhada que o companheiro não o quer fazer…
O mais fácil de fazer é fechar os olhos e deixar-se acreditar que ele no fundo o quer acompanhar.

É a primeira reacção de qualquer um, mas a mais errada também.
Devemos confiar nos nossos primeiros instintos, em especial, quando estes se referem a pessoas que nos são próximas e queridas.
O melhor a fazer é encarar que esse alguém não quer fazer o caminho connosco.

Parar.
Respirar fundo.
Dar um sorriso.
Erguer a cabeça e seguir sem olhar para trás.
Seguir com vontade de viver a vida.
O nosso coração é traiçoeiro e não é o melhor amigo às vezes. Dá-nos conselhos demasiadamente emotivos. Por vezes é a razão que deve prevalecer porque depois…
Depois custa mais. Doi mais.

O arrependimento é o pai da mágoa, da desilusão, da raiva…
Abraça a vida com todas as forças.

Aprende com o que te acontece e sorri.
Sorri muito!


quinta-feira, 5 de março de 2009

Código emocinal



A voz forte e melodiosa da Dulce Pontes traz tudo ao de cima...
Só quem partilhou o sofá comigo naquela altura é capaz de entender as minhas palavras sobre este pequeno excerto.
Lembraste disto?
Passava na televisão de manhã bem cedinho. Eu tocava à tua porta verde e lá vinhas tu, ainda em pijama esperar-me... Ficava à espera que terminasses o pequeno-almoço e que arrumasses o quarto, senão era castigo certo (risos) ou pelo menos ganhavas o direito a uma "bronca" da D. Conceição.
Em seguida, lá iamos nós, ver horários, ver turmas, ver notas, ver livros, o que fosse, o costume.
Estes desenhos retratavam uma triste história de Robert Louis Stevenson, mas consegue, sempre que a ouço, embalar-me para um cenário de uma nostalgia linda, contigo presente.
Lembraste?
Claro que sim.
Este post parece estranho, mas não é.
O seu problema é estar escrito num código emotivo,restrito, acessivel apenas a dois elementos comunicativos.
Estou certa de que fazes a mesma viagem que eu..
Obrigada.